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| Carla Couto na apresentação do projeto |
Mónica Jorge: “Vamos ver qual é o primeiro clube grande a ter coragem de aderir ao futebol feminino”
Mónica Jorge, directora de Futebol Feminino da Federação Portuguesa de Futebol, desafiou hoje os clubes grandes a apostarem no futebol feminino. “Vamos ver qual será o primeiro clube grande a ter coragem de aderir ao futebol feminino. Já que chamamos grande clube, também será grande nesse aspecto”, disse Mónica Jorge.
As declarações surgiram na apresentação do Projecto Futebol Feminino, uma iniciativa do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol que foi lançada esta manhã, na sede do SJPF, em Lisboa, e que Mónica Jorge considerou uma “mais-valia para o apoio e promoção das jogadoras e da modalidade”. Mas falta a visibilidade que seria dada pelos clubes que têm mais adeptos em Portugal.
Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, destacou as palavras de Mónica Jorge em relação à necessidade de intervenção dos “grandes”. “A Mónica Jorge tem razão. A grandeza de um clube não se mede apenas pelos resultados desportivos, mas também pela sua capacidade de intervenção social. Veremos o que os clubes vão fazer neste domínio”, disse.
O presidente do Sindicato destacou o facto de este projecto também combater a discriminação de género, porque pretende criar condições para a participação de mais mulheres no futebol, e apresentou as medidas que o organismo se propõe realizar, destacando ainda questões urgentes como a do Estatuto de Alta Competição, dos Seguros de Saúde ou do Contrato Colectivo de trabalho. “As jogadoras precisam de condições para poderem empenhar-se na sua profissão”.
Carla Couto também esteve presente. A futebolista Portuguesa mais internacional de sempre (143 jogos) é parte decisiva no projecto: foi convidada pelo Sindicato para ser embaixadora do Futebol Feminino e será indicada pelo organismo para integrar o Comité de Futebol Feminino da FIFPro.
“Fico feliz por fazer parte desta iniciativa. Há muito trabalho para fazer temos de ser nós a fazê-lo, porque acreditamos no futebol português, porque temos qualidade, porque temos cada vez mais jogadoras no estrangeiro. Ao fim de 25 anos de carreira é uma honra saber que, quando terminar, posso fazer alguma coisa pelo futebol feminino”.
Entre as várias medidas apresentadas, o Sindicato dos Jogadores cria um Gabinete de Futebol Feminino. José Carlos, ex-futebolista internacional e vice-presidente do Sindicato, será o coordenador do projecto.
“Sou o homem do terreno. Quero agradecer o desafio e apenas dizer que o Sindicato, pela responsabilidade que tem no futebol, não podia passar ao lado de um projecto destes”.
Destaque ainda para a presença de Fátima Duarte, Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.
“O Sindicato dos Jogadores dá um primeiro passo, ao fazer o diagnóstico da realidade existente e ao propor-se alterá-la. A realidade só prova que devemos apresentar mais medidas capazes de combater toda a discriminação de género também no desporto”.
Fonte: Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol
Leiam o documento completo do projeto do futebol feminino apresentado pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (ficheiro PDF aqui):
In aminhabola.blogspot.com
