Futebol é coisa para homem. Quem nunca ouviu esta frase? Porém, há indícios de que as mulheres, ainda no tempo da Dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.), jogavam uma variação do antigo jogo chamado TSU Chu. Há também indícios que, por volta do Séc. XV, as mulheres praticavam jogos de bola, especialmente na França e Escócia. Tais discussões abrem espaço para consultarmos alguns professores em preply.com/pt/skype/professores–historia e encontrarmos um maior esclarecimento sobre a participação das mulheres neste desporto, predominantemente masculino.
A obra “1000 de futebol” idealizada pela maior entidade do futebol mundial, a FIFA, contém referências a um jogo realizado entre mulheres, em 1881, em Edimburgo. Contudo, o jogo realizado em 23 de março de 1895, entre uma seleção do Norte e uma do Sul da Inglaterra, em Londres, é considerado marco zero da modalidade. Em outros países europeus, como a França e a Rússia, por exemplo, os primeiros registos de mulheres no futebol vieram um tanto mais tarde, respectivamente em 1910 e 1911.
A expansão da modalidade feminina
Embora alguns países já tivessem realizado jogos entre equipas formadas apenas por mulheres entre o final dos anos 1800 e início dos anos 1900, somente após a Primeira Guerra Mundial as mulheres pisaram em campo na Itália e na Alemanha. Em Portugal, por exemplo, há poucos registos da participação feminina na modalidade. Contudo, há notícias a respeito de jogos realizados em março de 1935, entre equipas femininas de Paços de Brandão e do C.D. Feirense. Entre 1935 e 1936 diversos jogos foram realizados, porém, não há registos sobre tais confrontos dentro das quatro linhas.
Do outro lado do oceano
No Brasil, os primeiros indícios que se tem datam de 1921. Um jogo entre catarinenses e tremembeenses, anunciada pelo jornal A Gazeta, marca o início da modalidade em terras tupiniquins. Porém, o Conselho Nacional de Desportos, em 1964, delibera aos clubes uma norma limitando a participação feminina em alguns esportes como futebol, futebol de salão, futebol de praia, basebol, polo e halterofilismo, sob a alegação de comprometer a integridade física das praticantes.
Em 1981, o futebol feminino foi legalizado pelo Conselho Nacional de Desportos, no Brasil. No entanto, ainda com algumas restrições. Mesmo com a legalização da modalidade para mulheres, as mesmas não eram passíveis de profissionalização no desporto. Contudo, mesmo com inúmeras barreiras no caminho, as mulheres, hoje, representam mais de 10% dos praticantes de futebol no mundo.
O reconhecimento
Com o crescimento constante do número de mulheres praticantes do futebol, não demorou até que a maior entidade do desporto voltasse os seus olhos para elas. A FIFA, em 1991, na China, realizou o primeiro Campeonato do Mundo de Futebol Feminino. A primeira competição internacional feminina contou com 12 equipas e consagrou a seleção norte-americana como a primeira campeã mundial de futebol feminino. O pódio foi composto pelos Estados Unidos, que venceu a Noruega, segundo lugar, por 2 a 1 e a Suécia, que derrotou a Alemanha por 4 a 0, ficando com o terceiro lugar.
