Cerca de 500 delegados de todos os cantos do globo se reuniram em Frankfurt nesta semana para o 5º Simpósio de Futebol Feminino organizado pela FIFA, que teve como principal tema o crescimento constante da modalidade e o seu desenvolvimento. O evento de três dias acontece a dois do momento mais esperado da Copa do Mundo Feminina da FIFA Alemanha 2011, a grande final.
Os objetivos mais amplos do simpósio deste ano são analisar a estrutura da competição, elevar o número de participantes e promover o futebol feminino. O evento tem formato interativo, dividido entre apresentações, workshops e painéis de discussão.
Mais especificamente, o simpósio oferece um fórum para a troca de experiências e informações, avaliação do progresso feito no futebol feminino e visões sobre como envolver mulheres e meninas no esporte bretão. Tudo isso é feito buscando colocar em prática a declaração do presidente da FIFA, Joseph S. Blatter: “O futebol é para todos”.
Apresentações
Conduzidos pela apresentadora de TV sul-africana Carol Manana, os trabalhos do dia tiveram início com as boas-vindas oferecidas pelo presidente da Federação Alemã de Futebol, Theo Zwanziger. Nada mais apropriado, dado o sucesso do torneio na Alemanha 2011.
Quem falou em seguida foi o presidente do Comitê de Futebol Feminino e da Copa do Mundo Feminina da FIFA, Worawi Makudi, que ofereceu um caloroso discurso cumprimentando todos os presentes.
Apesar do recente crescimento do futebol feminino, Makudi fez questão de incentivar todas as federações afiliadas a seguirem promovendo a modalidade. “Nos últimos anos, o futebol feminino cresceu tanto que acabou se tornando o esporte mais praticado do mundo entre as mulheres”, exaltou. “Agora é o momento de todas as partes envolvidas ampliarem os seus esforços e recursos, além de adaptarem as suas estruturas para apoiar um crescimento e um desenvolvimento ainda maiores.”
Quatro anos após o último simpósio, realizado na China em 2007, o futebol feminino observou um crescimento exponencial ao redor do mundo, das categorias de base aos níveis mais profissionalizados. Nesse meio-tempo, foi definido o aumento de 16 para 24 no número de participantes da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2015, a primeira edição da Copa do Mundo Feminina Sub-17 da FIFA foi realizada e o calendário de jogos femininos internacionais da FIFA foi introduzido.
A sequência do programa trouxe as envolventes palestras de Zwanziger e da presidente da Federação Burundinesa de Futebol, Lydia Nsekera, que compartilharam com todos diversas experiências pessoais. O primeiro falou da importância da estrutura da competição e da referência oferecida pelas jogadoras de destaque, como se pôde observar neste Mundial com nomes como Kim Kulig e Fatmire Bajramaj. Já a representante do Burundi abordou as suas experiências como uma das poucas mulheres que presidem uma federação afiliada à FIFA.
Tópicos em debate
O principal tópico do Simpósio 2011 foi justamente a tão mencionada “Estrutura do futebol feminino nas federações afiliadas”, com a apresentação do diretor de associações-membro e desenvolvimento da FIFA, Thierry Regenass. Em seguida, os participantes puderam, então, aproveitar o painel de discussões conduzido pelo renomado jornalista sul-africano Mark Gleeson, abordando a estrutura de competição em diferentes países.
Recebendo comentários e opiniões baseados na vivência com o futebol nos diversos cantos do planeta, o painel apresentou uma composição muito diversificada, que contou com Isabelle Hochstoger (Áustria), Moya Dodd (Austrália), Shaikha Al Khalifa (Bahrein), Dominique Maestracci (Canadá), Jacqueline Gertse (Namíbia) e Beverly Priestman (Nova Zelândia).
A sessão da tarde foi aberta com o segundo tópico do dia, “Aumento da participação e do número de competições”, apresentado pelo diretor de competições da FIFA, Mustapha Fahmy. A primeira palestrante foi a diretora de futebol da FA inglesa, Kelly Simmons, que por meio de uma fascinante apresentação falou aos presentes sobre como a prática do futebol entre as mulheres tem sido estimulada nos últimos anos, abordando também a criação de uma nova competição nacional na Inglaterra, a Women’s Super League.
Quem também deixou a sua contribuição foram a presidente do Comitê Organizador Local da Alemanha 2011, Steffi Jones, e a representante da federação irlandesa Susanne Ronan.
O primeiro dia foi concluído com representantes das federações afiliadas dividindo-se em grupos e trabalhando na solução de problemas por meio de uma variedade de estudos de caso, oferecendo ainda feedback aos outros participantes. Já o segundo dia do simpósio, último com atividades em tempo integral, teve tópicos-chave como a responsabilidade das federações afiliadas, mídia e comunicações.
In pt.fifa.com
